terça-feira, 24 de junho de 2008

Publicidade Politicamente Correta ou Horario Eleitoral Não Gratuito


Aproveitando a onda de quererem proibir as propagandas de bebidas alcoólicas na mídia (do qual sou totalmente favorável, e olhem que sou publicitário de formação e sou absolutamente contra o CONAR defender sua manutenção), queria propor uma nova proibição: a propaganda das administrações públicas.


Ano de eleição é sempre a mesma coisa. É o Governo Estadual “informando” que agora quem mora em Osasco tem não sei o quê, que a prefeitura de SP recapeou mais de 900km de ruas e avenidas, que o Governo Federal isso e aquilo.


Ora, isso nada mais é que uso da máquina pública para se promover. Não é isso que a justiça combate? Não é isso que é proibido? E por que não usar essa grana toda para fins mais úteis, como recapear mais 900km?


Alguém vai dizer que é para informar a população.... mas pense comigo: quem mora em Osasco certamente já percebeu as diferenças, e quem como eu não mora, não está interessado em saber disso. E não vai ser melhorias em Osasco que me farão votar em A ou B.


Acho que a única propaganda pública que seria necessária são aquelas para informar sobre vacinação infantil ou de idosos, campanhas de arrecadação. Afinal, publicidade não é feita para vender mais? Não apenas produtos, mas também serviços e campanhas públicas, como as de AIDS no Carnaval (cada vez mais chatas e repetitivas, aliás).


Já basta, para nós, as inserções de horários de propaganda eleitoral gratuita. Aliás, se pudessem aproveitar e ceifar isso também....

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Volta Marta

Ontem pela manhã me deparei com um carro em São Paulo com esse adesivo, apenas com essa frase do título do tópico aqui. Fiquei pensando para onde

a) para o Ministerio do Turismo
b) para casa, cuidando assim do incrível Eduardo
c) para casa, cuidando do Supla malucão, do João e da nora despirocadaMaria Paula
d) para o TV Mulher

Não posso imaginar que seja para a prefeitura. E olhem que sou chegado no PT

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Top 5 - Musicas que eu odeio e todo mundo gosta

1 - Candy - Iggy Pop
2 - Iris - Goo Goo Dolls
3 - Purple Rain - Prince
4 - Todas do Caetano Veloso
5 - Quase todas do Chico Buarque

terça-feira, 17 de junho de 2008

Cultura do Individualismo



Andando pelas ruas de São Paulo, esta manhã, me ocorreu o incrível número de mendigos e sem-teto que habitam as noites frias de junho sob as marquises do vale do Anhangabaú. Como cenário de fundo, a prefeitura paulistana, teoricamente responsável por solucionar problemas desta natureza.

Não vou me alongar nas causas/consequências deste problema social grave e eterno, mas no descaso de todos que passam ao largo dessas pessoas sem notar as minúcias desta vida.

Emblemáticamente, somos “um país que não é nação”. Padecemos da falta de cidadania do povo, que não protesta nem quando seu dinheiro é confiscado nos bancos. Somos um esboço de união (ou pelo menos éramos) em Copas do Mundo e corridas de F-1, mas o distanciamento dos ídolos tem feito que nem isso mais se concretize.

Vemos cadáveres nas ruas e passamos por sobre eles, vemos gente tendo ataques epiléticos nos metrôs e fazemos que não é com a gente, fechamos os vidros e ignoramos as crianças nos faróis.
Entendo que muito disso vem das inseguranças e dificuldades que temos para nos manter vivos.

Somos um país sem nenhuma seguridade social, sem garantias de empregos, sem planejamento. Nada mais natural que a partir disso cada um cuide do seu umbigo e dê uma banana para o resto da nação.

Penso que as pessoas que estão mais preocupadas são aquelas que gozam de independência financeira e que tenham um minimo de consciência social. Infelizmente, a maior parte dos governantes não está nessa conta.

Dou o braço a torcer que nessas horas admiro argentinos, chilenos e outros povos que possuem dificuldades como as nossas e mesmo assim ainda são nações.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Noticia do Dia - 16/junho/08

Betão pode ser vendido por uma boa grana + Michael
http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Times/Santos/0,,MUL602006-9874,00-PEIXE+ESTA+PRESTES+A+FECHAR+TROCA+DE+BETAO+PELO+MEIA+MICHAEL+DO+DINAMO+DE+K.html

Atenção que pode se tornar um negócio digno de:

- Neto por Ribamar
- Evair por Careca Bianchezi e mais uma grana
- Doni indo para a Roma
- Flavio Conceição no Real Madrid

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Noticia do Dia - 11/junho/08

Se os crimes aqui fossem nesse nível....
http://www1.folha.uol.com.br/folha/bichos/ult10006u410477.shtml

Atendimento on line com foco no cliente


Diego Correa:
Olá Bruno. Em que posso ajudar?
Bruno:
Diego, fiz uma compra ontem 82667069
Bruno:
e todo o processo so o fiz pq tinha frete gratis
Bruno:
mas qdo efetivou o cartao, me veio notificando R$ 42 de frete
Bruno:
se fosse assim comprava na festa shop ,po! dai ontem falei com um colega seu e disse que o pedido ainda nao tinha entrado ai no sistema
Bruno:
mas se for cobrarem esse absurdo estou cancelando p edido
Diego Correa:
Obrigado por aguardar. verifiquei em meu sistema que foi confirmado o pagamento do seu pedido, pois o mesmo já foi enviado para ao centro de distribuição e envio. A data prevista para ser entrega é de até o dia 12/06/2008 até as 21:00 horas.
Bruno:
nao é esse meu questionamento
Bruno:
diego, veja, vou colar o link pra vc aqui, esse produto é frete gratis para o sudeste
Bruno:
pq esta sendo cobrado?!?!?!?!
Diego Correa:
Como seu pedido já foi enviado para a transportadora, para realizar o cancelamento deverá recusar o mesmo no ato da entrega, onde após a devolução em nosso estoque efetuaremos o processo de reembolso.
Bruno:
o atendente ontem me disse que simplesmente iam conceder o frete gratis
Bruno:
nao quero perder tempo cancelando o pedido e fazendo de novo
Bruno:
http://www.submarino.com.br/housewares_productdetails.asp?Query=&ProdTypeId=27&CatId=56456&PrevCatId=56456&ProdId=213848&ST=BL56456&OperId=0&CellType=2
Bruno:
veja o produto
Bruno:
esta escrito
Bruno:
FRETE GRATIS
Bruno:
como pode vir cobrando?
Bruno:
vc vai resolver o meu problema ou terei que ligar na central?
Diego Correa:
Por favor, aguarde um instante, pois irei verificar.
Bruno:
pode deixar diego, ja to resolvendo
Diego Correa:
Neste caso estou abrindo uma solicitação para que seja solucionado o seu caso o mais rápido possivel. Em 1 dia útil entraremos em contato via e-mail para dar um posicionamento a você, em relação a este atraso.
Diego Correa:
em relação ao seu caso de frete
Bruno:
NAO EH ATRASO!!!!
Bruno:
sera que vc nao sabe ler o que estou questionando, meu Deus?
Diego Correa:
em relação ao seu caso de frete
Diego Correa:
em relação ao seu caso de frete
Diego Correa:
em relação ao seu caso de frete
Diego Correa:
E você está lendo retificação
Diego Correa:
C0D32AF8D6
Diego Correa:
Acima segue o código de seu reclamação
Diego Correa:
Posso auxiliar em alguma outra questão?
Bruno:
so isso

Futebol na TV

Sou um conservador. Até me dói admitir isso. Já cheguei a flertar com o o anarquismo, mas nas coisas mais triviais me vejo um conservador de fazer corar membros da TFP.

Um exemplo é transmissão de jogo de futebol ou de melhores momentos da rodada.

Eu simplesmente odeio essas modernidades da Globo, tipo no Fantástico, onde fazem piadinha de tudo, edições requintadas e cortam os gols, mostram todos de um time fora de ordem, uma zona completa. Sem falar de engraçadinhos que já ficaram chatos, como o Tadeu Schmidt e o Regis Roesing, este último com a intermiável mania de querer gravar a matéria durante os jogos, quando saem (ou vão sair) os gols.

No Globo Esporte, então, tinha aquela mania de colocarem um gato chato com voz irritante dando palpites sobre tudo. Um horror.

Também não gosto de locutores de rádio na televisão, gritando sem parar o que estamos todos vendo. Ou a falsa empolgação em campeonatos europeus, como na Esporte Interativo, onde se gritam por lances e craques que sinceramente, não empolgam tanto a gente aqui.

Por fim, também esculhambo com comentaristas do estilo "Sílvio Lancelotti", que como diz um amigo, prefere jogar no lixo todas as conquistas de linguagem do jornalismo moderno, usando termos arcaicos ou neologismos como prélio, laurel, tento, tedesco (sic!).

Em resumo: vamos voltar a exibir TODOS os gols da rodada em ordem cronológica, vamos mostrar os gols sem piadinhas, vamos transmitir com narrações de TV e vamos falar um português moderno. É assim difícil?

terça-feira, 10 de junho de 2008

Noticia do Dia - 10/junho/08

Rompendo em umas 4 vezes a barreira do som
http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/...O R+HORA.html

Hillaries, Obamas e a minha vida

Sinceramente, nunca entendi o fascínio que os Estados Unidos exercem sobre a mídia. Desde que começou o ano de 2008, temos um bloco em cada telejornal dizendo a agenda, o que pensam e o que fazem os candidatos a presidência americana.

Daí eu pergunto.... pra que? Pra quem?

Me considero uma pessoa minimamente esclarecida em relação a política. E admito: não estou nem aí para eleições americanas. E pelo que sei, a maioria absoluta americana também não está. Por não ser obrigatório o voto por lá, muitos deles não levantarão o traseiro gordo de suas poltronas para ir votar em alguém. Daí eu pergunto novamente, e nós brasileiros, para que nos preocupamos?

Qualquer que seja o eleito, terá o mesmo perfil para nós. Estará totalmente alheio a nossa realidade, aos nossos problemas de fome e de desenvolvimento. Estarão voltados para comércio internacional, não retirarão barreiras protecionistas e farão uma visita nos 4 ou 8 anos que ocuparem a cadeira de comando.

Entendo que os EUA são a nação mais poderosa do planeta, até que a China de alguma forma tome conta economicamente. Ou o Euro seja a moeda de referencia mundial em lugar do combalido dólar. Mas pelos próximos 300 anos ainda teremos a língua inglesa como a unificadora mundial da comunicação e talvez pelo mesmo período, o cinema, a musica, a arte e a vanguarda tecnológica americana como referencia.

Não acredita? Pois pense que devem ter 10 vezes mais brasileiros que conhecem Miami do que conhecem a Bahia, para não usar exemplos mais remotos. É inegável o poder de atração yankee para os diversos nichos, tais quais Miami (compras), Orlando (parques infanto-juvenis), Las Vegas (jogatina) ou New York (cosmopolitanos).

Mas porque tanto espaço para isso? Será mera subserviência nossa? Será imposição deles? Será que nos outros países se dá tanta importância assim ao escrutínio?

A verdade é que cansei dos EUA. Na verdade, nunca achei nada de lá melhor que de outro lugar. Os esportes são maçantes, as musicas perdem para as inglesas, as mulheres não são aquelas coisas, as cidades são aborrecidas na sua grande maioria e a prática no país é totalmente diferente da glamourizada pela globalização. Ou você não sabe que as festas na California acabam as 2h da manhã e que atravessar a rua fora da faixa é multa pesada pro pedestre?

A verdade é que eu preferia saber como será a sucessão no Amapá ou no Acre, do que saber por quais estados esses presidenciáveis se elegeram senadores.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Mundo Corporativo – Relatividade do Tempo

Por muitos anos trabalhei em empresas grandes e multinacionais, portanto posso dizer com propriedades alguns “bens” e muitos males desse mundo.

Mesmo antes de entrar em algumas companhias, me impressionava o fato de as pessoas terem extrema intimidade com a mobília funcional, se apoiando, deitando ou aninhando em mesas, lousas, balcões, fazendo destes verdadeiras extensões de seus lares.

Pois bem, atualmente estou fora deste mundo, mas nem por isso deixo de observá-lo, até porque faço aulas de hidroginástica (sim, eu faço!) ao lado da minha antiga empresa, e portanto encontro muitos funcionários nos vestiários. O que mais ouço são expressões como:

“Não tô com tempo pra nada. Tô trabalhando de domingo a domingo”
“Sabe que horas saí ontem? Mais de meia-noite e meia”

Ao contrário do que esse texto frio insinua, o tom das frases não é de lamentação: é o contrário, como se estivessem heróicamente doando suas vidas pelas empresas, num claro sinal de despreendimento de suas vidas pessoais e dedicação ao trabalho. Mas será?

Pense comigo: alguém que trabalhe tanto para mim está camuflando alguma coisa: ou não sabe adequar seus horários para seu trabalho e/ou seu gestor não sabe dimensionar o serviço entre a equipe ou subdimensionou o número de empregados para as funções que tem a desempenhar.

Esse último caso também é um modismo da administração atual: cortar custos para render o mesmo. Mas os mais espertos sabem que a médio prazo isso não dura, pois ou as pessoas se desestimulam ou ficam doentes, ninguém aguenta (e nem deveria) esse ritmo.

Ainda haverá o dia que ouvirei em algum vestiário por aí alguem dizer que está orgulhoso porque acabou o trabalho que deveria ser feito antes do prazo, fazendo até mais do que foi pedido.

Mas leva tempo.

Se futebol fosse lógico...

O time do Sport do Recife precisa vencer por dois gols de diferença para ser campeão ou levar para os penaltis a decisão da Copa do Brasil nesta quarta-feira

Ontem, o time reservas deles ganhou de 2x0 do campeão paulista, de 1a divisão, credenciais que colocam o resultado de ontem superior ao que precisam depois de amanhã.... pena para eles (e para mim) que nesse caso não seja assim lógico. Se fosse vôlei, basquete ou iatismo....

Ensino a Distancia

Hoje, vindo para o trabalho, deparei com um busdoor que dizia que a Universidade Tal tinha um curso de graduação a distância. Ótimo, está na moda e tal, viva a tecnologia, mas.... e a "atmosfera" universitária onde fica?

Não falo nem do encontro entre técnicos de alto nível, de gente especializada que se conhece e formam equipes de alta performance, falo mesmo de coisas triviais e banais:

Onde haverá a tradicional cervejinha para se matar aula? Onde estarão as festas inesquecíveis da faculdade? Onde se conhecerá aquela namoradinha desta época?

Para mim, mais de uma década depois de ter encerrado meu ciclo universitário, mais do que as matérias que aprendi (e as que esqueci, em sua maioria) ficou a lembrança de um tempo que não voltará mais, com viagens entre amigos, imenso crescimento pessoal, uma certa independência do tempo e muita, muita história para contar.

Tolher essa fase da vida de alguém é privá-lo de viver os melhores anos, por melhor ou pior que você aproveite-os