quinta-feira, 1 de abril de 2010


Hoje era um dia como outro qualquer. Era.

Acordei raozavelmente sossegado, pois tinha mudado escalas de trabalho para hoje ter o dia livre, dentre outras coisas para cortar meu cabelo, como faço religiosa e bimestralmente, há 13 anos no mesmo lugar. Na minha cidade-sede.

Ir lá não era apenas voltar no tempo. Era andar nas mesmas ruas que eu caminhava na minha infância, era ver como o tempo e o progresso, quando não o regresso, agem em forma de cimento, luminárias e comércio.

Era sentar em uma cadeira que me aguardava, era poder ficar tranqüilo que o serviço sairia como eu queria, saber que não perderia tempo explicando como, mas podendo filosofar sobre política, esportes, empreendedorismo, sem me ater ao fato em si, de cortar os cabelos.

Mas telefonei para marcar, e.... surpresa! O barbeiro (se você for preconceituoso) ou cabeleireiro(pro resto do mundo) não trabalha mais ali.

Vai soar catastrófico demais eu dizer que fiquei órfão ou perdi o rumo? Sim, mas é assim que me senti. Totalmente pego de surpresa por algo que eu não esperava. Ainda consegui um celular dele, mas não está trabalhando no ramo, no momento.

Vale lembrar que no começo deste ano, pressionado por amigos e pela mulher, tive que montar barricada contra a idéia de EXPERIMENTAR um outro profissional do ramo. E agora, tenho mesmo que fazer isto. Seja com esse, seja com outro, tenho que experimentar, mudar.

Eu odeio mudança. Odeio mudar o que está funcionando bem, o que eu gosto. Mudança pra mim é de coisas ruins por coisas boas. Coisas que estão bem por coisas duvidosas não está em pauta.

Enfim, ainda não sei o que farei. Mas espero fazer uma boa escolha e que daqui a muitos anos, eu tenha que me lamentar que essa nova escolha também se foi. E saber me conformar com isso.