Andando pelas ruas de São Paulo, esta manhã, me ocorreu o incrível número de mendigos e sem-teto que habitam as noites frias de junho sob as marquises do vale do Anhangabaú. Como cenário de fundo, a prefeitura paulistana, teoricamente responsável por solucionar problemas desta natureza.
Não vou me alongar nas causas/consequências deste problema social grave e eterno, mas no descaso de todos que passam ao largo dessas pessoas sem notar as minúcias desta vida.
Emblemáticamente, somos “um país que não é nação”. Padecemos da falta de cidadania do povo, que não protesta nem quando seu dinheiro é confiscado nos bancos. Somos um esboço de união (ou pelo menos éramos) em Copas do Mundo e corridas de F-1, mas o distanciamento dos ídolos tem feito que nem isso mais se concretize.
Vemos cadáveres nas ruas e passamos por sobre eles, vemos gente tendo ataques epiléticos nos metrôs e fazemos que não é com a gente, fechamos os vidros e ignoramos as crianças nos faróis.
Entendo que muito disso vem das inseguranças e dificuldades que temos para nos manter vivos.
Somos um país sem nenhuma seguridade social, sem garantias de empregos, sem planejamento. Nada mais natural que a partir disso cada um cuide do seu umbigo e dê uma banana para o resto da nação.
Penso que as pessoas que estão mais preocupadas são aquelas que gozam de independência financeira e que tenham um minimo de consciência social. Infelizmente, a maior parte dos governantes não está nessa conta.
Dou o braço a torcer que nessas horas admiro argentinos, chilenos e outros povos que possuem dificuldades como as nossas e mesmo assim ainda são nações.
Um comentário:
o gostei do que vc explicou
isso me ajudou no trabalho de sociolgia
brigadao em
Postar um comentário