terça-feira, 10 de junho de 2008

Hillaries, Obamas e a minha vida

Sinceramente, nunca entendi o fascínio que os Estados Unidos exercem sobre a mídia. Desde que começou o ano de 2008, temos um bloco em cada telejornal dizendo a agenda, o que pensam e o que fazem os candidatos a presidência americana.

Daí eu pergunto.... pra que? Pra quem?

Me considero uma pessoa minimamente esclarecida em relação a política. E admito: não estou nem aí para eleições americanas. E pelo que sei, a maioria absoluta americana também não está. Por não ser obrigatório o voto por lá, muitos deles não levantarão o traseiro gordo de suas poltronas para ir votar em alguém. Daí eu pergunto novamente, e nós brasileiros, para que nos preocupamos?

Qualquer que seja o eleito, terá o mesmo perfil para nós. Estará totalmente alheio a nossa realidade, aos nossos problemas de fome e de desenvolvimento. Estarão voltados para comércio internacional, não retirarão barreiras protecionistas e farão uma visita nos 4 ou 8 anos que ocuparem a cadeira de comando.

Entendo que os EUA são a nação mais poderosa do planeta, até que a China de alguma forma tome conta economicamente. Ou o Euro seja a moeda de referencia mundial em lugar do combalido dólar. Mas pelos próximos 300 anos ainda teremos a língua inglesa como a unificadora mundial da comunicação e talvez pelo mesmo período, o cinema, a musica, a arte e a vanguarda tecnológica americana como referencia.

Não acredita? Pois pense que devem ter 10 vezes mais brasileiros que conhecem Miami do que conhecem a Bahia, para não usar exemplos mais remotos. É inegável o poder de atração yankee para os diversos nichos, tais quais Miami (compras), Orlando (parques infanto-juvenis), Las Vegas (jogatina) ou New York (cosmopolitanos).

Mas porque tanto espaço para isso? Será mera subserviência nossa? Será imposição deles? Será que nos outros países se dá tanta importância assim ao escrutínio?

A verdade é que cansei dos EUA. Na verdade, nunca achei nada de lá melhor que de outro lugar. Os esportes são maçantes, as musicas perdem para as inglesas, as mulheres não são aquelas coisas, as cidades são aborrecidas na sua grande maioria e a prática no país é totalmente diferente da glamourizada pela globalização. Ou você não sabe que as festas na California acabam as 2h da manhã e que atravessar a rua fora da faixa é multa pesada pro pedestre?

A verdade é que eu preferia saber como será a sucessão no Amapá ou no Acre, do que saber por quais estados esses presidenciáveis se elegeram senadores.

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